terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

VÃO - Joyce Borgaço

É com um imenso prazer que posto para vocês o primeiro (de muitos, espero) poema enviado pro blog por Joyce Borgaço, amiga de uma rara sensibilidade. Muito Obrigado, "Joh" pela contribuição.




..:: VÃO ::..


(Dedicada ao amigo Rogério, que me fez ver no vazio uma inspiração para escrever.)


Indescritível sentimento que não sinto.
Incontestável ausência de emoção que nada significa.
Sem cor. Sem sabor. Sem amor...
Não há nada senão o nada.
Circulado por fora, mas por dentro... Não há dentro.
Sem eu. Sem meu. Sem seu...
Um “nosso” que esvoaça pelo ar a procura de companhia. “Nosso” sem eu, sem você, sem nós...
Saco plástico. Zero. Símbolo do infinito. Todos descrevem o que sinto, pois não há descrição. É vago. É raso. É ausente. É fútil. É desprovido.
O que há dentro do que deveria ser amor é um simples lugar inabitado. Campo de guerra sem guerreiro. Arma sem munição. Guerra sem ferido. Amor sem correspondência...
Falta algo. Falta tudo.
É vazio.

______________ Joyce Borgaço

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