É com um imenso prazer que posto para vocês o primeiro (de muitos, espero) poema enviado pro blog por Joyce Borgaço, amiga de uma rara sensibilidade. Muito Obrigado, "Joh" pela contribuição.
..:: VÃO ::..
..:: VÃO ::..
(Dedicada ao amigo Rogério, que me fez ver no vazio uma inspiração para escrever.)
Indescritível sentimento que
não sinto.
Incontestável ausência de
emoção que nada significa.
Sem cor. Sem sabor. Sem
amor...
Não há nada
senão o nada.
Circulado por fora, mas por
dentro... Não há dentro.
Sem eu. Sem meu. Sem seu...
Um “nosso” que esvoaça pelo
ar a procura de companhia. “Nosso” sem eu, sem você, sem nós...
Saco plástico. Zero. Símbolo
do infinito. Todos descrevem o que sinto, pois não há descrição. É vago. É
raso. É ausente. É fútil. É desprovido.
O que há dentro do que
deveria ser amor é um simples lugar inabitado. Campo de guerra sem guerreiro.
Arma sem munição. Guerra sem ferido. Amor sem correspondência...
Falta algo. Falta tudo.
É vazio.
______________ Joyce Borgaço
Nenhum comentário:
Postar um comentário