Ao Rio Jacu Santo Antônio-RN
Lágrimas descem, pelo rosto, ao frio
sucedendo ao pranto que por si se encerra
saudade eterna da longínqua terra
que só em sonhos e em desejos espio.
Pedra da onça que sustenta, em curva, o rio
na lembrança o vejo serpenteando o agreste
caudaloso rio que sob a invernada desce
ao jacu que canta alimentando o seu ninho.
Poderia eu, saudoso rio, pelas tuas águas entrar
pois no mesmo instante onde encontras o mar
deixas a porta aberta onde tudo escondes!
Mas se o destino me quis assim reservar
para que algum dia eu possa enfim voltar
debruçarei por fim nas tuas eternas fontes!
Claudianor D. Bento – novembro de 2012
Que belíssimo soneto. Parabéns!
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